13 a 15 de novembro de 2005.
Depois de uma palestra sobre "motivação", onde o palestrante disse que o fato de termos uma idéia significa 15% de sua realização e que, se falarmos para as pessoas que tivemos essa idéia e que a colocaremos em prática, isso significa 95% de sua realização, decidi concretizar esse pedal, sozinha.
Claro que os amigos e a familia acharam que eu não tinha juízo. Na verdade, estava mesmo com medo e, enquanto arrumava a mochila pensava: vou ou não vou?
Quando o relógio despertou às 6 horas, ainda pensava vou ou não?
Mais que coragem, é preciso ter confiança em si mesmo!
No total foram 146Km de muitas subidas e sol forte, percorridos em 7 horas e 10 minutos de pedal e mais ou menos 3 horas de descanso.
A primeira parada foi às 09:30 horas, mas não para descansar e sim prá dar uma ligada em casa, como o prometido.
Aproveitei para trocar a água na portaria de uma indústria cerâmica e, claro, com o olhar admirado dos 2 simpáticos vigilantes que me atenderam, quando respondi que estava a caminho de Brotas.
A subida da serra foi forte, necessitei de muito fôlego.
Errei em não parar no posto de gasolina no alto da serra, poderia ter me alimentado melhor e descansado, porque após ele não tem mais nenhum no caminho.
Havia pedalado por 4 horas e 20 minutos quando resolvi aproveitar um posto da Polícia Rodoviária para trocar a agua novamente e perguntar quantos quilometros até Brotas e o policial me disse que faltavam ainda uns 50 Km.
50km ! - gritei, a sós, na Rodovia.
Estrada boa, tranquila. Fui fazendo algumas paradas nas sombras das árvores, mas o que pegava mesmo era o sol, que a essa hora estava inclemente.
Também percebi que deveria ter levado frutas para comer no caminho pois as castanhas e os cubinhos de doce de leite não desciam nem a pau!
Mas tinha feito a opção de levar apenas uma mochila e tive que deixa-la o menos pesada possível, então...
Ás 13:20 e com 5 horas de pedal, sentada numa sombra minúscula, já tinha deixado Itirapina prá trás e com 30 Km pela frente ainda, olhando prá um subidão enorme e sem sombras, me perguntava: o que que eu tô fazendo aqui?
Nenhuma alma no visual. Só caminhões e carros.
Nesse momento pensei que precisaria administrar bem minha energia e o que não daria por um liquido gelado...
É, deveria ter saído de casa mais cedo, saí às 7 da manhã, e peguei sol forte depois dos 100km.
Com 5 horas e 36 minutos de pedal, faltando ainda 20km para chegar, fui parando um pouquinho de cada vez, sempre que avistava alguma subida. E pensava: preciso chegar, falta pouco...
Finalmente encontrei um vendedor de suco de laranja na estrada. Parecia uma miragem! Energias renovadas e... seguir em frente!
Brotas não chega e as subidas não acabam mais.
Encontrei outro vendedor de frutas, e ele me disse que faltavam apenas 7km até a cidade.
Foram os piores quilometros, na verdade, pois são 3 subidas fortes: a última, de 2 quilometros foi a pior e eu precisei parar na sombra das placas de sinalização, três vezes, para me recuperar.
Não tive nenhum problema com a bike e, como já havia experimentado em outra viagem solo até São Pedro, o segredo é um bom selim.
Depois? depois foi só curtição na cidade pois era feriado prolongado e a cidade estava cheia de turistas.
Tenhos vários amigos lá, e depois de um bom banho frio, aproveitei as baladas que estavam acontecendo.
Segunda-feira à noite, nos reunimos num pico, os canoístas e os bikers, para admirarmos de um lado um lindo por do sol e do outro, uma maravilhosa lua cheia.
É prá se sentir feliz ou não? Claro que sim!
É prá se sentir feliz ou não? Claro que sim!
A bike? voltou de carro com um amigo aqui de Americana.
Enfim, foi mais um desafio superado, pena que sem imagens para recordar.
Agora é só pensar no próximo objetivo.
Cicloturismo é tudo de bom!
Cicloturismo é tudo de bom!
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