Pedalar...

PEDALAR, CINEMA INTERATIVO 360°
A BICICLETA E OS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA NOS CHAMANDO PARA A VIDA

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Americana-Brotas pedalando

13 a 15 de novembro de 2005.

Depois de uma palestra sobre "motivação", onde o palestrante disse que o fato de termos uma idéia significa 15% de sua realização e que, se falarmos para as pessoas que tivemos essa idéia e que a colocaremos em prática, isso significa 95% de sua realização, decidi concretizar esse pedal, sozinha.

Claro que os amigos e a familia acharam que eu não tinha juízo. Na verdade, estava mesmo com medo e, enquanto arrumava a mochila pensava: vou ou não vou?

Quando o relógio despertou às 6 horas, ainda pensava vou ou não?

Mais que coragem, é preciso ter confiança em si mesmo!

No total foram 146Km de muitas subidas e sol forte, percorridos em 7 horas e 10 minutos de pedal e mais ou menos 3 horas de descanso.

A primeira parada foi às 09:30 horas, mas não para descansar e sim prá dar uma ligada em casa, como o prometido. 
Aproveitei para trocar a água na portaria de uma indústria cerâmica e, claro, com o olhar admirado dos 2 simpáticos vigilantes que me atenderam, quando respondi que estava a caminho de Brotas.

A subida da serra foi forte, necessitei de muito fôlego. 

Errei em não parar no posto de gasolina no alto da serra, poderia ter me alimentado melhor e descansado, porque após ele não tem mais nenhum no caminho. 

Havia pedalado por 4 horas e 20 minutos quando resolvi aproveitar um posto da Polícia Rodoviária para trocar a agua novamente e perguntar quantos quilometros até Brotas e o policial me disse que faltavam ainda uns 50 Km.

50km ! - gritei, a sós, na Rodovia.

Estrada boa, tranquila. Fui fazendo algumas paradas nas sombras das árvores, mas o que pegava mesmo era o sol, que a essa hora estava inclemente.

Também percebi que deveria ter levado frutas para comer no caminho pois as castanhas e os cubinhos de doce de leite não desciam nem a pau! 
Mas tinha feito a opção de levar apenas uma mochila e tive que deixa-la o menos pesada possível, então...

Ás 13:20 e com 5 horas de pedal, sentada numa sombra minúscula, já tinha deixado Itirapina prá trás e com 30 Km pela frente ainda, olhando prá um subidão enorme e sem sombras, me perguntava: o que que eu tô fazendo aqui? 
Nenhuma alma no visual. Só caminhões e carros. 

Nesse momento pensei que precisaria administrar bem minha energia e o que não daria por um liquido gelado...

É, deveria ter saído de casa mais cedo, saí às 7 da manhã, e peguei sol forte depois dos 100km.

Com 5 horas e 36 minutos de pedal, faltando ainda 20km para chegar, fui parando um pouquinho de cada vez, sempre que avistava alguma subida. E pensava: preciso chegar, falta pouco...

Finalmente encontrei um vendedor de suco de laranja na estrada. Parecia uma miragem! Energias renovadas e... seguir em frente!

Brotas não chega e as subidas não acabam mais.

Encontrei outro vendedor de frutas, e ele me disse que faltavam apenas 7km até a cidade.

Foram os piores quilometros, na verdade, pois são 3 subidas fortes: a última, de 2 quilometros foi a pior e eu precisei parar na sombra das placas de sinalização, três vezes, para me recuperar. 

Não tive nenhum problema com a bike e, como já havia experimentado em outra viagem solo até São Pedro, o segredo é um bom selim.

Depois? depois foi só curtição na cidade pois era feriado prolongado e a cidade estava cheia de turistas.

Tenhos vários amigos lá, e depois de um bom banho frio, aproveitei as baladas que estavam acontecendo.

Segunda-feira à noite, nos reunimos num pico, os canoístas e os bikers, para admirarmos de um lado um lindo por do sol e do outro, uma maravilhosa lua cheia.
É prá se sentir feliz ou não? Claro que sim! 

A bike? voltou de carro com um amigo aqui de Americana.

Enfim, foi mais um desafio superado, pena que sem imagens para recordar.
Agora é só pensar no próximo objetivo.
Cicloturismo é tudo de bom!

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